GLOSSÁRIO

Acomodação

Capacidade de manter os olhos focados num objeto desde a distância de longe até ao perto. A acomodação é um reflexo do corpo humano mas também pode ser controlada de forma consciente. 

Astigmatismo

É o defeito refrativo que faz com que a imagem captada pelo olho se forme destorcida – o eixo horizontal e o eixo vertical não estão separados a 90º, provocando uma distorção da imagem. O astigmatismo pode ser composto juntamente com a miopia ou a hipermetropia. Pode ser resultado de uma malformação do globo ocular ou da geometria da córnea. O astigmatismo é corrigido com lentes cilíndricas – tóricas – ou seja, lentes cuja potência varia em função do eixo de montagem, de forma a corrigir o efeito refrativo reajustando a imagem aos eixos horizontal e vertical.

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Campo visual

Campo visual é a zona que o olho humano consegue captar. Normalmente estende-se a 60º para o lado nasal e 100º para o lado temporal; 60º para cima do olho e 75º para baixo do olho. Qualquer perda de acuidade visual dentro destes limites pode ser um indicativo de uma patologia visual.

Cataratas

Consequentes de trauma ou exposição à radiação, mas também comuns com o envelhecimento, as Cataratas surgem progressivamente como uma nuvem sobre o cristalino resultando na diminuição da acuidade visual, esbatimento das cores, hipersensibilidade à luz, dificuldade com a visão noturna e perceção de halos em torno das luzes. Os fatores de risco para esta patologia são: prolongada exposição à luz solar, diabetes e o consumo de álcool e tabaco. No inicio pode ser compensado através de correção visual – óculos; mas em casos mais avançados, a cirurgia poderá remover o cristalino e substitui-lo por uma lente interocular. A prevenção passa pela utilização de óculos de sol adequados à proteção ocular e não fumar.

Cilindro (Cil.)

A potência cilíndrica tem obrigatoriamente que ser apresentada com um eixo. Assim, uma lente cilíndrica é uma lente cuja a potência não é igual em toda a sua volta. (Ex: uma lente +1.00 +1.50 x 60 – é uma lente de potência esférica +1.00 com uma potência cilíndrica de +1.50 a 60º).

Cristalino

Estrutura ocular biconvexa e transparente que, em conjunto com a córnea, faz com que a imagem recebida pelo olho se forme na retina. A capacidade de alterarmos a forma do nosso cristalino é o que permite aos nossos olhos acomodarem – focar a visão para uma distância de perto – ou relaxarem – focar a visão para uma distância de longe.

Distância Pupilar ou Distância Naso-Pupilar (DP ou DNP)

A distância pupilar é a distância entre as pupilas do olho direito e esquerdo. A distância naso-pupilar é a distância entre a pupila e o centro da cana do nariz. Esta distância, em conjunto com a altura, garante que a lente fica centrada com os olhos, maximizando assim as características corretivas da lente e evitando aberrações visuais.

DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade)

Condição visual manifestada pela perda de acuidade visual ou mesmo de visão completa no centro do campo visual. Ocorre geralmente em pessoas mais idosas resultando numa dificuldade acrescida em reconhecer rostos, realizar tarefas de perto que obriguem a focar-se num detalhe, ler, conduzir e por vezes resultam em alucinações – perceção de um estimulo visual inexistente. A prevenção passa por uma alimentação saudável, exercício e não fumar. Embora não exista cura, alguns suplementos podem ajudar na redução da progressão da doença.

Esférico (Esf.)

A potência esférica traduz-se na graduação correspondente ao poder de ampliação da lente. Lentes positivas vão fazer as imagens parecer mais ampliadas (ex: +3.00) e lentes negativas farão as imagens parecerem menos ampliadas (ex: -3.00). Uma lente de potência esférica = 0.00 é uma lente neutra, sem qualquer poder de ampliação.

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Hipermetropia

É o defeito refrativo que faz com que a imagem captada pelo olho se forme depois da retina, ou seja, quando a imagem chega à retina ainda não está completamente formada, o que resulta numa distorção da imagem. Como resultado, o hipermetrope vê mal ao perto, ou tem de realizar um grande esforço visual para ver bem. A hipermetropia é corrigida com lentes positivas – convexas – mais espessas no centro, do que no bordo. O objetivo é fazer convergir a imagem que entra no olho de forma a que esta se forme completamente na retina.

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Miopia

É o defeito refrativo que faz com que a imagem captada pelo olho se forme antes da retina, provocando uma distorção da imagem. Como resultado, o míope vê mal ao longe, pois quanto maior for a miopia, menor é a distância de visão nítida. A miopia é corrigida com lentes negativas – côncavas – mais espessas no seu bordo, do que no centre. O objetivo é fazer divergir a imagem que entra no olho de forma a que esta se forme na retina e não antes.

Nervo Óptico

O canal nervoso que transmite a informação da retina parta o córtex cerebral.

Oculista

Olho

Órgão do Sistema Visual responsável pela captação dos impulsos visuais.

Presbiopia

Fenómeno resultante do envelhecimento do Cristalino derivado da absorção de radiação ultravioleta. Não é um defeito refrativo mas sim uma perda da capacidade acomodação do olho. Com a perda dessa capacidade, o olho humano deixa de ser capaz de focar o longe e o perto na perfeição e com a rapidez que lhe exigimos. É um fenómeno natural após os 40 anos de idade. Pode ser corrigido com lentes monofocais, intermédias ou progressivas.

Prescrição Ocular

Elemento médico onde o oftalmologista prescreve a correção visual que considera necessária ao paciente – óculos ou lentes de contacto. Na prescrição podemos encontrar vários elementos: EEsférico (Esf.); CCilindro (Cil.); PPrisma; DDistância Pupilar ou Distância Naso-Pupilar (DP ou DNP).

Prisma

Os Prismas são complementos de correção visual montados nas lentes com o objetivo de reajustar a imagem, desviando-a no sentido da sua base. Os Prismas montados no eixo horizontal podem ter base externa ou interna, podendo assim corrigir anomalias na convergência – exoforia – ou na divergência – endoforia. Os Prismas montados no eixo vertical, normalmente são prismas posturais, pois deslocam a imagem de forma a obrigar o utilizador a manter uma postura.

Quiasma Óptico

Zona de cruzamento entre os dois nervos ópticos. Ao cruzarem-se, o nervo óptico transporta a informação do lado nasal para o hemisfério contrário, mas mantém a informação temporal do mesmo lado em que foi recebida. Este cruzamento é o que permite ao cérebro ter a sensação de campos visuais, visão binocular e visão estereoscópica.

Retina

Tecido interior do olho, sensível à luz, composto por foto-recetores, responsável pela perceção da imagem. As imagens recebidas são projetadas na retina sendo ai transformadas de impulsos luminosos para impulsos nervosos para que o cérebro consiga criar uma perceção da imagem real.

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Visão Binocular

A visão binocular é a perceção resultante da fusão entre a imagem captada e entendida pelo olho direito e a do olho esquerdo. Esta fusão, não só alarga o campo visual em mais de 40º, como também permite compreender a posição, dimensão e profundidade dos objetos

Visão estereoscópica

A visão que permite entender a profundidade e como tal, a distância entre os objetos. Ao vermos o mesmo objeto com os dois olhos, mesmo após essas imagens serem fundidas, o nosso cérebro vai entender que num dos olhos, a informação é diferente do outro. Assim, é possível entendermos se o objeto se encontra longe ou perto, que dimensão tem e que profundidade apresenta em relação ao espaço. 

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